
THE WIFE
REVIEW DE: TELMO ANTUNES
Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Este é o lema deste filme. Um filme sóbrio, emotivo, pequeno mas grande. Pequeno em duração, grande em sentimento. Confesso que chorei, chorei no discurso final e na morte.
"The Wife" conta a história da família Castleman. Mas foca-se particularmente na visão dessa família pelos olhos de Joan, papel interpretado por Glenn Close, interpretação essa que lhe rendeu um Critics Choice Award, prémio esse que dividiu com Lady Gaga pela sua performance em "A star is born", mas ganhou também o Globo de Ouro para Melhor Atriz, um SAG Award e um Satelitte Award, também como melhor atriz de drama. E Óscar? Ganhava? Eu digo, claro que sim! Desempenhou um papel bastante "forte" e emotivo. Tão "smooth", de modo a que não se distanciava a realidade da ficção. Parecia que estávamos a ver a vida pessoal dela e não um filme em que era atriz. Não me estou a conseguir explicar pois não?! Enfim...bravo!
A história relatada no filme, acontece durante uma viagem a Estocolmo com o seu marido, afim de receber o Prémio Nobel de Literatura e é durante essa viagem que ela questiona as suas escolhas de vida. Porque é que se limitou a ser a sombra do marido? Porquê?!
Infelizmente embora clichê, é uma realidade, o homem ainda se subrepõem à mulher em muita coisa, neste caso na literatura. Quem se lembra da razão pela qual a J.K Rowling, não assinou os "Harry Potter" como Joanne? "Ninguém vai ler ou comprar um livro de uma mulher!". Disseram o mesmo à Joan, daí ela não ter seguido a sua carreira e se ter dedicado à vida pessoal, mas claro que o marido de merda dela se aproveitou da sua situação. Ele não era o melhor dos escritores, vá...uma falha ou outra. Ela ajudava-o ao "arranjar" os livros dele. Ajuda o primeiro, segundo e terceiro e quando dá por si, o marido está a ganhar um Prémio Nobel da Literatura no seu lugar. Joe Castleman foi interpretado por Jonathan Pryce que também desempenhou o papel muito bem! O filho do casal era o David (Max Irons), um rapaz meio depressivo, aliás como todos os jovens escritores são. Correct me if I'm wrong. Eu amei este filme, levou-me às lágrimas de facto. A fotografia com tons "mortos", um pouquinho de cor mas nada de mais. Perfeito para criar um ambiente dramático.
Outra coisa que tenho a apontar é o quão parecidas a Glenn Close e a Annie Maude Starke são. Ás vezes parecia mesmo que era a Glenn Close em nova a fazer aquelas cenas. Foi um ótimo casting. Já o "young Joe Castleman", Harry Lloyd, não estava super parecido, mas serviu e também fez um bom desempenho. Conseguiram transmitir o quão física a relação deles era em jovens.
Aconselho vivamente a ver este filme, é uma ótima obra prima para amantes de cinema e mesmo para quem não o é, vale a pena ver!
Bom, 4 estrelas parece-me o indicado! E a vossa classificação, qual é?
Até à próxima review, boas leituras!