O PROBLEMA DOS FILMES LGBT

22-07-2019

TEXTO DE: TELMO ANTUNES


 Antes de mais, é importante realçar que os filmes que irei usar como fonte de inspiração são: "Beach Rats"; "Love, Simon"; "Brokeback Mountain"; "Maurice"; "Handsome Devil"; "Moonlight"; "Weekend"; "Call me by your name"; "My beautifyul Laundrette"; "Shortbus"; "Alex Strangelove" e "My own private Idaho".

 Nos últimos tempos tenho dado um certa atenção a filmes do tema LGBT. Mais concretamente de uma parcela específica desta comunidade, filmes gay. Vi até agora doze filmes que de algum modo rondam este tema. Deixem-me desde já dizer que estou muito mixed feelings acerca deste tipo de filme.

 Começemos pelo primeiro tópico que quero introduzir nesta discussão, o drama e/ou tragédia.

 Naturalmente não me recordo do final de todos estes filmes, visto que alguns já vi há mais tempo que outros. Mas uma coisa é certa, na maioria acabam mal. Seja com um coração partido, seja com uma trágica morte, seja com o que for. A questão que se me impõe é, porque razão os romances hétero têm finais felizes e os romances lgbt, não? Tomemos por exemplo três dos filme mais famosos dentro deste tema. Brokeback Mountain, Call me by your name e Weekend. O primeiro de 2005, protagonizado por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal. Um filme lindo, confuso às vezes e até demasiado longo. Este duo andou um filme inteiro para acabarem juntos, e no fim, ficaram juntos? Não! O romance proibido acabou com a morte de um deles. O segundo, de 2017, foi um sucesso. Toda a gente falava deste filme. Eu só o vi esta semana. Gostei imenso! Filme longo, história intrigante mas envolvente. E adivinhem o único defeito...os protagonistas não ficam juntos no final, aliás o Oliver vai-se casar, provavelmente com uma mulher. A sorte é que já foi anunciada a sequela, que eu espero que corriga o final do anterior. Mas... onde é que eu já vi finais desapontantes? Resposta: Weekend, Brokeback Mountain, My Own Private Idaho... Pintam demasiado a ideia de que não há "Happily ever after" em casais do mesmo sexo. A maioria destes filmes deixa-te em lágrimas, e não são de alegria. Weekend saiu em 2011. Acaba com os dois protagonistas separados. Como o título indica, foi tudo só um fim-de-semana. "UGH" que raiva.

 Outro ponto nesta discussão é o irrealismo. Aqui já não é tanto a maioria, mas em muitos destes está presente um lado muito fantasioso, muito sonhado pelos autores ora dos livros, ora dos filmes. Temos como exemplo, Call me by your name. É claramente uma fantasia. O romance idealizado mas com uma pitada de drama. We all know que não é assim tão fácil a vida.

 O pior filme desta lista será My own private Idaho, este filme saiu em 1991 e parece-me a mim que só abordou a temática LGBT para chocar. Não é um ponto fulcral para o desenrolar do filme, aliás o filme nem se desenrola. Dei-lhe três estrelas no RANKED porque é um filme super confuso e demasiado secante:

 "E EU A PENSAR QUE IA SER "GANDA" FILME E AFINAL FIQUEI BUÉ DESAPONTADO! NÃO FAZ SENTIDO, NADA NESTE FILME FAZ SENTIDO. OS PROTAGONISTAS NÃO FICARAM JUNTOS E HOUVE DOIS MOMENTOS NO FILME EM QUE PODIAM TER FICADO JUNTOS, NO FUNERAL E QUANDO O MIKEY SE DECLAROU. NÃO ENCONTRARAM A MÃE DO MIKEY, PROCURA QUE FEZ GRANDE PARTE DO PLOT. E NÃO TEVE UM FINAL NEM FELIZ, NEM TRISTE. ALIÁS, NEM SE PERCEBE O FINAL. ENFIM, É MATERIAL DIGNO DE TRÊS ESTRELAS, POSSO ATÉ VER DE NOVO QUIÇÁ, MAS PODIA TER SIDO TÃO, MAS TÃO MELHOR."

 Os filmes mais "down to earth" são o Love, Simon, que retrata verdadeiramente o struggle de esconder um segredo tão pesado ainda, na adolescência, no secundário, dos pais e amigos. É um filme real, emocionante e que te vai fazer chorar de certeza na cena em que a mãe do Simon (Jennifer Garner) lhe diz que independentemente de tudo, o vai continuar a amar. E Alex Strangelove, que aborda o tema da auto-descoberta sexual de um rapaz que sempre se identificou como hétero e se vê apaixonado por um rapaz, com o qual acaba por ficar no fim do filme.

 Não estou a dizer que todos os filmes desta lista são péssimos, nada disso! Aliás, tomemos por exemplo, Maurice de James Ivory, 1987. É um filme deslumbrante. duas horas e vinte minutos que me deixaram colado ao ecrã a querer ver mais da história. Gostei do desfecho do filme.

 Resumindo, menos tragédia e drama, e mais romances felizes! De certo que na comunidade LGBT há imensas histórias positivas, façam o vosso research e escrevam um filme mais simpático de ver.

 

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