
CRUELLA (DISNEY, 2021)
As minhas expectativas eram altíssimas para este filme, estava com uma enorme vontade de o ver, e agora que já o vi (e ainda por cima numa sala de cinema) posso afirmar que este filme está magnífico!
Tinha a opção de o ver na Disney+, but let's be real here for a second: Para quê gastar 21€ num filme para o ver num pequeno ecrã, quando posso usar o cartão da NOS e por 3.55€ vejo o filme no grande ecrã e com ótima qualidade! Muitos podem argumentar que o vírus ainda anda por aí, e o cinema pode ser um local perigoso visto que é fechado. Eu não concordo!
You see... as salas de cinema são desinfetadas nos intervalos entre cada sessão; não se pode comer nesse espaço, o que é triste porque me tinham caído bem uns nachos ou pipocas; e a lotação é reduzida. Para além do mais, não tem propriamente havido uma corrida às salas de cinema por todo o país, por isso há pouco movimento e as salas não se enchem muito. Eu pessoalmente, uma vez por outra gosto de ir ao cinema, tomando claro todos os cuidados necessários.
Mas voltando ao filme, WOW!
E este WOW prolonga-se desde a banda sonora aos visuais.
Desde o set design às interpretações.
Desde a história à...bom vocês percebem.
A história desenrola-se em Londres nos anos 70 em plena revolução do punk rock, estilo esse que está bem presente na marca que a Cruella quer deixar! Desde cedo fica "orfã" (já vão entender as aspas), e perdida por Londres. Acaba por conhecer dois rapazes também eles órfãos que futuramente formariam um trio. São eles o Gaspar (Joel Fry) e o Horácio (Paul Walter Hauser) que ambos são bem conhecidos do público visto que eram os seus capangas na história original dos "101 dálmatas".
Alguns anos passam e estes três amigos já são mestres do crime pelas ruas da capital inglesa. A Cruella acaba depois a trabalhar numa loja de moda onde após muitos desacatos, acaba por ficar sobre o olhar da Baronesa, que é interpretada pela grande e incrível Emma Thompson, ela sim, a verdadeira vilã da história. A Cruella, ou melhor Estella, acaba por trabalhar no estúdio de moda dela e a certo ponto descobre que a Baronesa tinha o colar perdido da sua mãe, ao ouvir a explicação pela qual a Baronesa tinha o colar, ela apercebe-se que foi esta que matou a sua mãe. E é aí que nasce a verdadeira Cruella e a sua ânsia por vingança.
Mais à frente, há uma reviravolta, que deixem-me dizer era bem previsível, e a Cruella descobre que a sua verdadeira mãe é a sua arqui-inimiga, a Baronesa. Eu não sabia que nos cinemas podíamos por na 4(TVI) e ver novelas em ecrã grande. Jokes aside, embora tivesse sido uma reviravolta muito "novelesca", foi interessante na mesma e deu uma boa continuação à história.
No entanto, quando a Cruella foi salva do fogo (que by the way, foi uma cena linda visualmente), achei que o plot twist seria que o personagem do Mark Strong era o seu pai mas não acertei hahaha.
O filme tem um ritmo rápido, é facil de ver e é muito mexido. É bastante musical, com uma banda sonora incrível e tem shots tão bonitos, seja em cenas de câmara lenta ou em cenas de mais ação.
Algo que aconselhava à Disney era que, antes de lançarem o filme, tivesse melhorado o CGI dos cães. Péssimoooooooo! Bem feito, mas nota-se que é CGI, e aí é que está o problema.
Well, chegou o momento de elogiar a Emma Stone que hoje ganhou a minha adoração. Eu sempre fui daquelas pessoas que olhava para ela e pensava que era uma atriz que não me aquecia nem me arrefecia. Gostei dela no "La La Land" mas fora disso só consigo dizer mais uns dois ou três filmes com ela e mesmo assim nem me lembro muito bem das suas atuações. Mas hoje, apaixonei-me por ela. Apaixonei-me pela Cruella.
O modo de falar, o andar, o olhar, a pose, a postura, o riso, a maneira como ela sabia como usar a roupa e não deixar a roupa usá-la a ela. Perfeição.
A Emma Thompson foi vil, foi cruel, foi uma ótima vilã. Fiquei deveras impressionado com a sua performance e espero que se fizerem uma sequela, ela regresse de alguma forma.
Se eu fosse uma mulher, ou se fizesse drag, I SWEAR TO GOD, que usaria a maioria daqueles figurinos. Tanto os da Cruella como os da Baronesa. São tão bonitos. Os da Baronesa são elegantes, delicados, arrojados. Os da Cruella são rebeldes, divertidos, coloridos, grandiosos e feitos para causar impressões, ora boas, ora más. Mas todos tão lindos. Os meus favoritos foram aquele enorme vestido que a Cruella usa quando sobe para cima do carro da Baronesa e o outro é o que, também a Cruella usa, no fim do filme, quando se apodera da mansão de Hell Hall.
Se é precisa uma sequela? Sim e não.
Se ficássemos por aqui não fazia mal, daí o não, mas para quê parar?... Há tanto potencial e como no fim do filme ela diz, "I have a few ideas" para o que vem a seguir... por isso que venham essas ideias.
Não nos esqueçamos dos créditos finais, onde descobrimos que foi a Cruella que deu o Pongo e a Perdita ao Roger e à Anita, tipo WHAT!?! ICÓNICO!!
Vejam o filme! Se tiverem oportunidade vejam no cinema pois a experiência vai ser bem melhor! E não se esqueçam de ver os créditos finais.