BEM BOM (2021)

11-07-2021

REVIEW DE: TELMO ANTUNES

 Bem Bom? Nahhhh, come-se.

 Finalmente saiu o filme/biopic da maior girlband portuguesa de todos os tempos, e não, não estou a falar das Just Girls... O filme das DOCE já chegou aos cinemas e eu já fui ver.

 Antes de começar a falar dos pontos fortes e fracos deste filme, quero apenas pedir que não deixem a minha review influenciar a vossa opinião ou vontade de ir ao cinema ver este filme. Cada vez mais nos tempos que correm, é importante apoiar a cultura portuguesa, por isso apoiem este filme!

 Bom, o "bem" ficou na sala de cinema, porque assim que o filme começou, também eu comecei a analisar e a criticar mais do que esperava.

 Atenção! Eu estava cheio de expectativa, estava com imensa vontade de ver este filme, e os trailers eram bastante promissores. Mas infelizmente o filme perdeu-me logo no início

 A montagem confusa em que saltamos de cena para cena numa questão de segundos fez-me perder o fio à meada. A história é contada com pouco detalhe e rápido demais. Parece-me a mim que quem escreveu este filme foi apanhar todos os momentos de drama das vidas das cantoras e juntou tudo numa panela de água choca.

 E como assim, acabaram o filme do nada, com temas em aberto ainda por concluir? Wtf? O filme acabou do nada sem a resolução de muitos pontos importantes da história.

 A melhor parte deste filme é a música. Mas também é só isso mesmo, a música... O som... Porque até os momentos musicais eram enjoativos e repetitivos. Todas as cenas de concerto eram iguais, filmadas sempre da mesma maneira e no mesmo sítio com pouco investimento. Faltava a cor, os cenários, a direção mais promissora... Na terceira cena de concerto já estava farto de ver sempre o mesmo shot de silhueta de público com elas a cantar para nós e principalmente farto de ver rabos a cada mudança de verso... Like... I didn't pay for this!

 Não poderia deixar de falar das nossas meninas, elas sim, com todos os desafios que esta produção exigia... They managed to do it and they delivered!!!!

 A Bárbara Branco como Fá, super carismática, forte e cheia de atitude mas por vezes um pouco irritante. Vá... Bastantes vezes. 

 A Carolina Carvalho como Lena, a sexy, sem escrúpulos e infelizmente a mais assediada...e a verdade é que pelo que a história do filme conta e pelo que tanto a minha avó como a do meu namorado disseram, elas eram mesmo o fenómeno sensual da altura e isso trouxe muitos destes problemas... 

 A Lia Carvalho como Teresa, a mulher determinada, fumadora pa' car*#/o, e a mais engraçada (fez bastantes gargalhadas surgirem na minha sala de cinema).

 E por fim, mas não menos importante, a Ana Marta Ferreira como Laura, a linda, poderosa e deslumbrante. Ela protagonizou uma das minhas cenas favoritas do filme, ao ser a destemida que exige a um presidente da câmara que paguem às Doce aquilo que lhes deve. Uau, o olhar dela bué sereno foi bué intenso.

 O que faltou a este filme? Um budget maior. Com mais dinheiro, talvez tivesse havido menos rabos. Visto que havia foco noutros pontos de fuga.

Mas entendi a crítica social à sexualização excessiva da mulher no Portugal antigo (e moderno cof cof) 

 Como disse e volto a repetir, a melhor parte foi a música. Foi ir a este filme e assistir a um mini concerto num só. E não estou a falar das atrizes a cantar, estou a falar do público a cantar com elas, inclusive eu! Além de cantarem, enquanto saíam da sala muita gente ia a dançar e eu depois levantei-me e dancei também.

Well, vejam os trailers, tirem as vossas conclusões e aventurem-se pelo mundo do cinema português, é preciso ser melhor reconhecido, apoiado e investido.

Bons filmes and stay safe! 

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